Apometria pegadas de luz

Apometria pegadas de luz

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Esperança versus rejeição da realidade

Esperança versus rejeição da realidade




Quem já não ouviu, em meio ao sofrimento, aquela frase de ânimo “tenha esperança”?
A esperança é o sentimento que nos leva a acreditar que algo é possível, mesmo quando há indicações do contrário.
Tenho percebido ao longo do tempo duas situações onde podemos observar a presença da esperança:
A primeira é nas pessoas que conseguem analisar os fatos. Conseguem prever o que possivelmente possa acontecer baseado na realidade, mas mesmo assim conseguem ter energia para torcer por um milagre. Algo que faça dar certo, mesmo que seja uma pequena possibilidade.
Neste caso, a esperança é salutar, pois todos nós devemos ter em nosso interior o aquecimento do otimismo. As pessoas que conseguem manter um pé na esperança e o outro na realidade conseguem manterem-se preparadas para dois resultados, seja qual for, o que também é bom para nossa saúde emocional.
esperanca“A esperança é o sentimento que nos leva a acreditar
que algo é possível, mesmo quando há indicações do contrário”
Mas, por outro lado, vamos dar uma observância para aquelas pessoas que repelem a realidade! Ou ainda, que procuram a esperança onde ela não existe.
Para explicar esta segunda situação, é mais fácil que possamos nos perguntar: você já viu alguém tentando se auto enganar? Mentindo para si mesmo pelo simples fato de não conseguir enfrentar a verdade?
Isto ocorre frequentemente com pessoas em relacionamentos obsessivos!
A pessoa, vítima de um sentimento obsessivo, possui dentro de si sentimentos fortes, capazes de causar sensações físicas, como medo, euforia, orgulho inflamado, alegria e tristeza. Uma verdadeira tempestade emocional, que circulam rapidamente dentre de apenas uma mente.
Quando afeta a capacidade de raciocinar desta pessoa, chegando ao ponto de não conseguir encontrar explicações para tudo o que sente e, principalmente, o que sente ou acontece com o outro, as coisas lógicas tendem a se tornar descartáveis.
Então se iniciam as mais variadas teorias, e apesar de serem muitas, com o andar da situação, mudanças de humor, pensamentos e sensações vão sendo eliminadas, até que em certo ponto, fiquem sem nenhuma explicação, fazendo com que a pessoa sinta algo devastador dentro de si, mas não consiga explicar o que é e o porquê deste sentimento.
As perguntas começam variando desde quando começou o sentimento até o ‘por que comigo?’, ‘por que aquela pessoa?’.
Não encontrando a resposta lógica, a pessoa começa a procurar na visão mística!
E é aí a casa da ‘esperança má’!
Aquela sensação forte de que as duas pessoas são predestinadas e que tudo o que ocorre de errado é devido a interferências de outras pessoas. Ou ainda, provas de que devemos lutar a todo custo!
Dos exemplos mais comuns:
Traições inocentes!
Você se apaixonou por uma pessoa promiscua. A seu ver esta pessoa está sofrendo assédios espirituais, fazendo com que ela faça coisas que acredita que ela não seja capaz!  Neste caso, a esperança de que esta pessoa esteja agindo contra sua própria índole, será capaz de te fazer perdoar qualquer traição, relevar mentiras, atos e até mesmo se compadecer, acreditando que precisa ajudar mais.
Neste caso você rejeita a ideia de que o outro possa ter agido por livre e espontânea vontade, juntando a falsa esperança de que o conhece o suficiente para salvá-lo, não levando em conta de que às vezes não pode salvar uma pessoa dela mesma. O máximo que podemos fazer é ajuda-la, isto claro se a outra pessoa quiser ser ajudada.
Outro caso também é “culpa dos outros”
Esta é sem dúvida uma das piores situações, pois a não aceitação da realidade afeta não apenas o casal como também outras pessoas.
Culpar os outros por inveja, ciúmes ou diversas situações é a melhor fuga para os problemas. É transferir a responsabilidade do casal para terceiros! E olha que irá sobrar desculpas, tais como: ‘a ex que fez feitiçaria’; ‘a fulana que está assediando’; ‘o beltrano que tem inveja’; e ‘o mundo que é feito de pessoas más’.
Na verdade, nestes dois casos, o sentimento que te faz permanecer na ideia fixa e mística de que tudo está errado é culpa dos outros, não se trata de esperança, mas sim de negação.
“É a verdade dói na ferida da ilusão”
Negar-se a acreditar no que é real é muito mais do que esperar um milagre que possa vir acontecer, e sim afirmar que as coisas só são reais se forem como você quiser.
E neste caso não aceitar a realidade pode ser mais doloroso, pois quando tentamos nos esconder atrás da ignorância, não querer saber a verdade, e ficar apenas com o que pensamos pode ser um verdadeiro inferno. Sim, você vai imaginar e prever coisas muito mais terríveis do que realmente são. Nossa imaginação pode ser muito cruel.
É a verdade dói na ferida da ilusão. Assim como o sabão dói quando precisamos limpar um machucado. No entanto é necessário juntar forças e lavar o que for ilusório, porque a mentira infecciona e mentir para si mesmo é infecção interna. Os outros podem não ver e você terá que pedir ajuda. Talvez quando estiver disposto a pedir socorro o seu mental possa estar gravemente comprometido.
AUTORA: PAULA ADRIANA C.H DA LUZ
(01/02/16)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Quer saber mais sobre apometria?
Fazer a sua Apometria?